[SEXTA DA PIPOCA] CARRIE, A ESTRANHA

Direção: Kimberly Peirce
Gênero: Drama/Terror
Duração: 99 minutos
Estreia: 06/12/2013
Classificação: três estrelas (mais como esse)

Uma releitura do clássico conto de terror sobre Carrie White (Chloë Grace Moretz), uma garota tímida rejeitada por seus colegas e super-protegida por sua mãe profundamente religiosa (Julianne Moore), que traz o terror telecinético para sua pequena cidade após sofrer uma brincadeira de mal gosto durante o baile de formatura.

E a terceira adaptação do romance homônimo de Stephen King (aliás acho esse nome, “Carrie, a estranha”, muito preconceituoso por parte dos tradutores. Só porque a pobre da Carrie tem poderes paranormais ela é estranha? Isso é bullying!) para os cinemas é bom, mas deixa [muito] a desejar. Embora contasse com uma divulgação invejável (você já viu este vídeo?) e a diretora Kimberly Peirce (The L Word, Meninos não Choram) tivesse “prometido” uma ÓTIMA adaptação.
Carrie White (Chloë Grace Moretz) é uma garota ingênua e é vitima constante de piadas por ser “estranha”. Sua Mãe, Margaret White (Julianne Moore) é uma fanática religiosa e superprotetora (fato esse que me fez lembrar de Norma Bates de Psicose, mãe de Norman Bates, e quem leu sabe que o que ela diz é lei. Se eu disser que o céu é azul e ela, dourado, ela estará certa. Pois é, Margaret White é desse tipo, só é meio doida.), que mostra ter uma relação de amor e ódio com sua filha. Aliás, o relacionamento das duas é um dos alicerces de toda a estória (já que tudo que acontece tem um dedo da mãe no meio), mesmo que não tenha sido explorado bem no filme (na verdade, NADA foi explorado bem nesse filme).
Na escola, Carrie sofre bullying constantemente e a única "boa alma" existente que fica a seu lado é a professora Rita Desjardin (Judy Greer). É ela que a apoia após a enxurrada de ofensas que ela recebe de um grupo garotas e esse turbilhão de ofensas que ela sofre é importante, porque é ele que dará “sustentação” para o resto da história (a famosa cena de Chocolate com Pimenta do baile), já que uma das envolvidas, Sue (Gabrielle Wilde, de Os Três Mosqueteiros) sente-se culpada pelo que aconteceu e pede que seu namorado, Tommy (Ansel Elgort), vá com Carrie ao dito baile, onde acontece o resto da estória toda.
Carrie, a Estranha fala mais sobre os relacionamentos e suas consequências do que ser um terror propriamente dito, vemos isso também em IT, ou seja, ambas são mais terrores psicológicos (Embora Pennywise tenha me dado medo de verdade). 
Pelos críticos, o filme ficou conhecido por ser um remake desnecessário, mas com um bom elenco. O que é verdade, já que este conta com as atuações de Chloë Grace Moretz (Kick-Ass, 500 dias com ela, Sombras da Noite, A Invenção de Hugo Cabret), Julianne Moore (Virada no Jogo, Longe do Paraíso), Judy Greer (Two and a Half Men, De repente 30, Vestida para Casar) e o “queridinho dos últimos tempos”, Ansel Elgort (Divergente, A Culpa é das Estrelas).

Apesar disso, Chloë Moretz não conseguiu me convenceu como Carrie (e olha que eu nunca assisti as outras adaptações ou ao menos li o livro. Sim, eu assisti porque gosto da atriz). Suas expressões e atuação me pareceram um pouco forçadas careço de fontes para realizar um argumento mais aceitável, mas mesmo assim ela conseguiu passar a “mensagem” (Quem não ficou triste quando a Carrie foi “bulinada”?).

Ao contrário, disso temos uma ótima atuação de Julianne Moore como “Mãe de Carrie”. Não vi coisa mais intensa do que as cenas com Moore. A cena da porta, a cena do final… Julianne Moore foi ótima nesse filme.

De bom do filme podemos tirar (também, além do elenco) os efeitos especiais, o que já se era de esperar por ser um remake de filmes de 1976 e 2002. É claro que prevíamos uma melhorada na fotografia do filme, nos efeitos especiais e em todas as partes que pudessem ser  melhoradas no computador.

Mas nem as melhorias tecnológicas foram capazes de corrigir o enorme erro do filme, que foi que (antes disso, lembre: eu não faço a mínima ideia de como seja o livro, ou seja, eu falei “erro do filme” ali, mas pode se estender ao livro. Enfim, continuemos.) a obra foi rasa, pouco explorada, pouco intensa, fraca e outras palavras que exprimam fraqueza. O que quero dizer é que após assistir ao filme eu fique me perguntando: esperei tanto por este filme e ele só me vem com isso? O filme se resume a:
Carrie “bulinada” -> Carrie “se descobrindo” -> Carrie “revoltada com a mãe” -> Carrie “revoltada com o mundo” 
Isso quer dizer que se você está esperando por respostas claras sobre a “paranormalidade” de Carrie, você pode tirar o cavalinho da chuva.
Mas no começo, eu falei que o filme é bom, mas por quê? Embora tenham MUITOS pontos negativos a serem analisados, criticados e discutidos, eu não me arrependi de tê-lo assistido (é como aqueles filmes bestinhas que insistimos em assistir. “Sexta-feira muito louca” manda um oi). E além disso, pude rever a bela Chloë Moretz (sim, ela é linda) e ver atuações muito boas.
Confira o trailer:

Escrito por Otávio Braga

2 comentários:

  1. Olá Otávio! Eu quero muito ver esse filme apesar dos comentários negativos que tenho visto por aí, assim como você, sou fã da Chloe e acho que esse elenco é muito bom! Só espero não me decepcionar muito ahahah

    Beijos
    Débora - Clube das 6
    http://www.clubedas6.com.br

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    Respostas
    1. Chloe = diva+perfeita+linda hahaha
      Até mais!

      Otávio Braga

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