[RESENHA] A GAROTA DAS CICATRIZES DE FOGO

Autor: Ricardo Ragazzo
Nº de Páginas: 256 
Editora: Novo Século
Classificação: três estrelas (mais como esse)
Quatro anos após o desaparecimento da filha e a misteriosa morte da esposa, Johnny Falco recebe uma pista que pode ajudá-lo a desvendar o caso. Um homem aparece morto com as mesmas características inexplicáveis de sua mulher: O CORPO NÃO PASSA DE UM ESQUELETO COM PELE. Seis anos após ter 80% do seu corpo queimado em um atentado, Lisa Gomez acorda em um hospital com uma incontestável diferença: TODAS AS CICATRIZES DE SEU CORPO DESAPARECERAM! E quando o destino dos dois se cruzarem na pequena cidade de Valparaíso, ambos descobrirão que as tragédias que cercam suas vidas estão muito mais interligadas do que poderiam imaginar.

A Garota das Cicatrizes de Fogo nos mostra a história de Lisa Gomez, uma garota normal até o dia em que um desconhecido ateou fogo em seu corpo e, paralelo a isso, temos também a trajetória de Johnny Falco, um homem que teve a esposa assassinada de uma forma um tanto quanto peculiar e que há quatro anos busca a filha desaparecida.
Mal comecei a ler o livro e já percebi uma semelhança meio óbvia no que diz respeito à série Supernatural (o que pode até não ser tão ruim, já que é umas das minhas séries favoritas), e o autor errou um bocadinho ao construir os personagens. 
Terrível e inexplicável. Duas palavras que poderiam descrever com precisão a mais comum das minhas noites.
página 46
No livro, eu quase não aguentava mais ler as partes do Johnny, pois este ficava querendo mostrar que era “O cara” a todo custo: ao ser o típico machão que resolve acreditar que a força bruta resolve tudo, ao se gabar seu “possante”, de sua arma (que ele chamava de “Narizinho”), e etc. Sério, me deu vontade de parar de ler e seguir minha vida.
Infelizmente, Ragazzo também não foi muito convincente ao construir a Lisa: todas as ações dela eram as que os homens esperam que as mulheres façam, e não o que estas realmente fariam. E por vezes a personagem se mostrou um pouco hipócrita, ela não sabia o que queria da vida e acabava se contrariando. E o amor entre ela e Alex/Daniel foi um pouco instantâneo demais: do nada eles aparecem namorando e super-hiper-mega apaixonados, fazendo promessa de amor e talz. Se bem que tem toda aquela coisa da vida passada, que eles se encontraram e que se amaram da mesma forma, mas não foi tão espontâneo quanto eu esperava.
Porque nos apegarmos a alguém se eu sou o final inevitável? Mas os humanos são fracos. São viciados em amor, não importa o quanto digam o contrário. (palavras da morte)
página 239
Lá pelas últimas páginas é que tudo foi ficando massa de verdade. O Johnny não estava mais tão focado em se gabar da sua força, e a Lisa finalmente tomou atitudes que se encaixavam com sua história, visto que ela tinha ficado marcada para sempre depois daquele episódio desagradável, que mudou o rumo de sua vida.
Ao longo do livro, várias perguntas foram surgindo em minha mente, mas todas foram devidamente respondidas (ou quase). O desfecho da história me satisfez bastante, pois mesmo o autor não explorando o livro da melhor maneira nas páginas iniciais, da metade pro fim tudo foi ficando mais claro e muito melhor de ler, mostrando assim, a incrível habilidade de Ricardo.
A perspectiva da Morte lhe entregara, de bandeja, a Vida.
página 79
Então é isso, gente, até a próxima! ;D
Escrito por Amanda Braga

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