[RESENHA] O TEOREMA KATHERINE

Autor: John Green
Nº de Páginas: 304
Editora: Intrínseca
Classificação: quatro estrelas (mais como esse)
Após seu mais recente e traumático pé na bunda - o décimo nono de sua ainda jovem vida, todos perpetrados por namoradas de nome Katherine - Colin Singleton resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-criança prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam.Uma descoberta que vai entrar para a história, vai vingar séculos de injusta vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará Colin Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é claro, vai ajudá-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o que ele espera.
"Quando se trata de garotas (e, no caso de Colin, quase sempre se tratava), todo mundo tem seu tipo. O de Colin Singleton não é físico, mas linguístico: ele gosta de Katherines. E não de Katies, nem Kats, nem Kitties, nem Cathys, nem Rynns, nem Trinas, nem Kays, nem Kates, nem — Deus o livre — Catherines. K-A-T-H-E-R-I-N-E. Já teve dezenove namoradas. Todas chamadas Katherine. E todas elas — cada uma, individualmente falando — terminaram com ele." 
John Green continua impressionando!
Estava eu, navegando na NET quando me deparo com um livro de um autor, até então desconhecido para mim. Este era nada mais, nada menos A Culpa é das Estrelas (a obra máxima) de John Green. Logo, pela maneira como Green escreve, o mesmo foi ganhando espaço na minha lista de autores favoritos.

Agora vamos falar de O Teorema Katherine. O livro conta-nos a história de Colin, que seria um garoto comum se não fosse por três motivos: (1) Ele é um garoto prodígio (não um gênio, PRODÍGIO!), (2) Ele tem um simples problema: para escolher namoradas, a não ser que você se chame Katherine e (3) Cria anagrama para tudo.

“Como Colin já explicara várias vezes a Hassan, há uma diferença enorme entre as palavras prodígio e gênio.
Prodígios conseguem aprender rapidamente o que outras pessoas inventaram; gênios descobrem o que ninguém descobriu. Prodígios aprendem; gênios realizam. A maioria das crianças prodígio não se torna um gênio na idade adulta. Colin tinha quase certeza de que fazia parte dessa maioria desafortunada.” 

Um dia, após ser chutado pela 19ª vez, pela sua 19ª Katherine ele resolve sair em uma caravana sem destino correto, acompanhado de seu melhor amigo, Hassan, e esse é o momento em que eles conhecem o paraíso perdido que é Gutshot, uma cidadezinha do interior. E após tropeçar, Collin, tem a brilhante ideia (ou não) de criar um teorema que exemplifique o porquê de todas Katherines chutarem-no. Agora resta a você saber se o Teorema de é realmente eficaz.

O Teorema Katherine é um livro nota 10, ficando um pouco atras de seu irmão, A culpa é das estrelas, não perde nada em questão de originalidade. Quando você começa a lê-lo e mais rápido quer saber como será o final.

Assim como em A culpa é das estrelas a narrativa possui um misto de gêneros variados: Comédia, Romance, Drama(...), o que torna o texto menos cansativo.

Os personagens são originais, porém, com característica que qualquer um poderia ter na vida real, que é outro fato que me agrada nas narrativas de Green: o quesito de verossimilhança e que os textos não ficam muitos distantes do âmbito da realidade.

Outro ponto que gostaria de ressaltar é que esse livro me fez rir em vários momentos (algo bem raro se formos falar de livros) e me apaixonar pela cidadezinha super acolhedora de Gutshot.

Recomendo? Com certeza.

Escrito por Otávio Braga

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